Participação de Matteo Castelvetri, CEO da GamaLife no Fórum “Quem é Quem” do Jornal Económico em 23/05/2025
O setor segurador, nomeadamente o de vida, onde a GamaLife atua, enfrenta desafios constantes, mas que devem ser encarados como oportunidades, seja a curto, médio ou longo prazo. E estamos a falar de questões como a Inteligência Artificial (IA), o envelhecimento da população a nível global e em Portugal ou as alterações climáticas.
Por exemplo, se a rápida evolução da IA oferece oportunidades de eficiência e personalização, com diversos ganhos para o consumidor, também pede atenção redobrada na segurança de dados e na ética.
A implementação inadequada pode causar problemas graves de cibersegurança, afetando a confiança dos consumidores. Outro risco, e que se tem vindo a agravar nas últimas décadas, é o envelhecimento da população portuguesa, dando origem a um aumento da procura por produtos que garantam segurança financeira na reforma, como os PPR.
As seguradoras precisam de adaptar os seus produtos para atender às novas necessidades, com a disponibilização de seguros de vida com coberturas específicas para uma população envelhecida. A longo prazo o maior risco que enfrentamos são as alterações climáticas, já que eventos extremos podem aumentar a frequência e a gravidade dos sinistros, afetando a estabilidade financeira das seguradoras.
Além disso, há uma necessidade crescente de desenvolver produtos que mitiguem os impactos das mudanças climáticas, como seguros de capitalização baseados em carteiras verdes. O setor vida deve estar preparado para enfrentar estes desafios, adaptando-se às novas tecnologias, às alterações demográficas e climáticas. A capacidade de resposta e a inovação serão cruciais para garantir a sustentabilidade e o crescimento contínuo do setor.